Redes neurais podem se tornar alvos de malwares, pelo menos é o que mostra uma pesquisa feita na Universidade da Academia Chinesa de Ciências, divulgado nesse mês. Foi provado que é possível infectar neurônios artificiais das redes, e que continuam funcionando enquanto o malware é espalhado. Caso configurados da forma correta, os softwares maliciosos podem passar batido pela rede neural.
O experimento fez com que 50% dos neurônios do modelo AlexNet fosse substituido por malwares. Sobre esse resultado, os pesquisadores avisam: “Conforme as redes neurais se tornam mais amplamente usadas, esse método vai ser universal na distribuição de malware no futuro”.
Um modelo AlexNet de 178 MB apenas é avisado que algo de errado está no sistema quando há 39,6 MB de códigos maliciosos na sua estrutura, e foram testados 58 antivírus comuns do mercado e nenhum foi capaz de identificar o vírus.
Os pesquisadores acreditam que essa forma de distribuição de malwares pode pegar o lugar dos anexos em mensagens de e-mail enganosas, assim Chatbots e outros sistemas de detecção de imagens podem ser infectados e continuar funcionando.
Considerados de extrema importância para o futuro da tecnologia, redes neurais se espelham no sistema nervoso humano, e por meio de inteligência artificial (IA) aprendem e se adaptam a diversos padrões.