Nintendo comenta altos preços no Brasil e celebra sucesso do Switch 2: “Superou nossas expectativas”
- Redação neonews
- há 14 horas
- 3 min de leitura
Durante a Brasil Game Show, Bill van Zyll, diretor da Nintendo na América Latina, falou sobre os desafios do mercado brasileiro, os altos custos de operação e o carinho dos fãs que seguem impulsionando a marca no país

(Foto: Divulgação)
A Nintendo voltou a marcar presença na Brasil Game Show (BGS) deste ano e, mais uma vez, foi recebida com entusiasmo pelos fãs. No entanto, a empresa japonesa também enfrenta um cenário peculiar no país: embora tenha consolidado sua presença com produtos localizados, suporte em português e forte envolvimento com a comunidade gamer, as críticas aos altos preços continuam sendo uma pauta constante nas redes sociais.
Em entrevista ao portal Omelete, Bill van Zyll, diretor da Nintendo na América Latina, abordou o assunto com franqueza e explicou que os custos de operação no Brasil continuam sendo um dos maiores desafios da marca.
“O Brasil é um dos países mais caros por conta dos diferentes custos: de distribuição, taxas e impostos que são incrivelmente complexos. Há uma série de desafios e várias coisas que não conseguimos controlar. Focamos naquilo que podemos controlar: nosso modelo de distribuição, como estamos levando os produtos para as lojas, como ele está chegando para o consumidor”, explica van Zyll.
Mesmo reconhecendo a dificuldade de competir com preços internacionais, o executivo defende que os jogos da Nintendo ainda oferecem um bom custo-benefício quando se considera a experiência completa que proporcionam.

(Foto: Divulgação)
“Ainda é um ótimo negócio, né? Mas não estou tentando desviar do problema ou minimizá-lo. É muito dinheiro”, complementa.
Apesar da polêmica dos preços, a Nintendo vive um momento de sucesso no mercado brasileiro. O Nintendo Switch 2, mesmo sendo considerado inacessível por parte do público devido ao valor de lançamento, teve estoques esgotados e procura altíssima nas primeiras semanas.
“Certamente superou nossas expectativas. Não tínhamos muita certeza do que esperar, já que fizemos o lançamento simultâneo, mas estávamos muito animados. Nossas expectativas foram superadas não só em números, mas também na reação dos consumidores. Eu visitei várias lojas, lendo nas redes sociais, a reação dos fãs foi muito positiva”, afirma o diretor.
Além do desempenho nas vendas, van Zyll destacou o carinho e o envolvimento dos fãs brasileiros, um dos públicos mais apaixonados pela marca. Segundo ele, o sucesso de Super Mario Bros. O Filme, que colocou o Brasil como o nono país em receita mundial, reforça o poder da cultura Nintendo por aqui.
Ainda assim, há desafios importantes pela frente. Van Zyll reconhece que, embora a marca tenha grande reconhecimento, muitos consumidores ainda não possuem um console da Nintendo ou não se envolveram com seus jogos mais recentes.

(Foto: Divulgação)
“Ainda há muitas pessoas que não sabem sobre os consoles Nintendo Switch e seus jogos. No Brasil, muitas pessoas conhecem Mario, conhecem a Nintendo, e sabemos isso pois quando o filme foi lançado, o Brasil foi o nono país mundialmente em termos de receita, então estamos muito animados pelo próximo filme que chega em 3 de abril. Mas há uma diferença entre amar Nintendo e Mario e levar isso para o console e para jogos. Somos muito fortes com os Nintendistas, mas quando falamos de um público expandido, há muito trabalho para fazermos”, analisa o diretor.
Com a presença consolidada em eventos e uma base de fãs fiel, a Nintendo segue em busca de equilibrar seus desafios logísticos e fiscais com o desejo de continuar expandindo seu alcance no Brasil. A missão agora é transformar o amor dos brasileiros por Mario, Zelda e companhia em experiências cada vez mais acessíveis — sem perder a magia que sempre acompanhou o nome Nintendo.
Veja Também: neoCompany em sua nova campanha, transforma tecnologia em conexão humana com foco em pessoas