O live-action baseado na animação dos anos 1980 tem muitas diferenças comparado ao conto original
(Foto: Divulgação)
A história de “A Pequena Sereia” que vemos desde crianças nos cinemas e desenhos todo mundo já conhece, mas você já ouviu falar na história que inspirou um dos contos mais famosos da Disney?
Por incrível que pareça, hoje (25), lançou o live-action de “A Pequena Sereia”, uma releitura baseada na versão animada de 1989, com pequenas alterações no enredo e outras músicas, mas ambas versões são inspirada no conto de Hans Christian Andersen, de 1837, e existem muitas diferenças entre o original e o que conhecemos. Vem com a gente conhecer esse conto um tanto quanto macabro.
A vida de Ariel
Ariel, que na versão original não se chama Ariel, se chama apenas Pequena Sereia. Outra diferença de nomes é quanto ao do Eric e Úrsula, eles se chamam apenas Príncipe e Feiticeira do Mar.
A Pequena Sereia tinha cinco irmãs (na versão da Disney, Ariel tinha sete irmãs), que estavam bastante presentes em sua vida e a ajudaram em diversas situações ao longo da história e, assim como no conto de fadas, era a mais nova da família. Ela também tinha um avó, a mãe do Rei e Rainha do Oceano, pois a mãe dela havia morrido há muito tempo.
Quanto a parte da paixão iniciada entre o Príncipe e a Sereia, muito se assemelha ao conto de fadas. Eles se conhecem, no mar, até o momento dela se transformar em humana. Até mesmo a estátua que Ariel tinha uma paixão platônica é citada no conto de Andersen.
O Ritual
Diferente dos desenhos, no conto não havia uma rivalidade entre o Rei e os humanos, havia apenas uma indiferença dos seres do mar com os da terra. Tanto que é mencionado um ritual que, ao fazer 15 anos, as sereias podem ir até a superfície e conhecer o lado exterior.
O livro original fala com mais detalhes sobre a vida no fundo do oceano, descreve o palácio e as diferenças entre os seres do mar e os humanos. Em um momento, a avó explica que as sereias não possuem alma e vivem até os trezentos anos e, no final da vida, viram espuma do mar. Isso deixou a Pequena Sereia incrédula e com ainda mais desejo de viver com o príncipe humano.
Depois de decidir que está disposta a virar humana, a sereia vai até a Feiticeira do Mar. Assim como nos filmes, na obra original nada sai de graça e, para ter pernas, ela precisa dar a voz em troca, mas diferentemente, a Feiticeira corta a língua da princesa. A Feiticeira também alerta a sereia que ela irá sofrer muito com as novas pernas, a cada passo ela sentirá muita dor - a ponto de sangrar.
No conto original, não existe o beijo de amor, nem o prazo de três dias, mas a sereia deve fazer o Príncipe se apaixonar, mas caso ele case com outra, a Pequena Sereia vira espuma do mar.
O Final
Após conseguir suas pernas, a Pequena Sereia se esforça muito para fazer o Príncipe se apaixonar, eles até chegam a trocar beijos, mas ele se casa com outra moça da praia. Porém, em uma reviravolta um tanto quanto violenta, a sereia aceita seu destino, mas suas irmãs lhe entregam uma adaga de prata que negociaram com a Feiticeira. Para ter sua vida ainda, a Pequena Sereia precisa matar o Príncipe.
A sereia aceita a adaga e chega até a cama do Príncipe que estava dormindo, mas na hora de atacar, ela se recusa a assassiná-lo. Quando o dia amanhece, ela se transforma em espuma do mar. Mas, diferente do que sua avó havia afirmado sobre o futuro da garota, ela se torna uma filha do ar, um ser divino que silenciosamente ajuda os humanos. Depois de trezentos anos de sentença, a Pequena Sereia finalmente pode ter uma alma eterna.
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