Startups globais estão liderando testes clínicos com implantes neurais para combater condições como epilepsia, Parkinson e mais
(Foto: Divulgação)
O campo dos implantes cerebrais está avançando rapidamente e promete revolucionar o tratamento de doenças crônicas. Recentemente, um adolescente britânico com epilepsia severa tornou-se o primeiro a testar o Picostim, um novo implante cerebral. “Em outubro do ano passado, Oran Knowlson, um adolescente britânico com epilepsia severa, tornou-se a primeira pessoa no mundo a testar um novo implante cerebral, reduzindo suas crises diurnas em 80%.” O Picostim envia sinais elétricos ao cérebro para bloquear os impulsos anormais que desencadeiam as crises.
Desenvolvido pela Amber Therapeutics em parceria com a Universidade de Oxford, o Picostim é um dos pioneiros em uma nova geração de implantes neurais que não só decodificam, mas também regulam a atividade elétrica do cérebro. Esses dispositivos estão sendo projetados para tratar uma ampla gama de condições, incluindo dor crônica, câncer cerebral, artrite reumatoide, Parkinson, incontinência e zumbido.
A Amber Therapeutics não é a única empresa inovando nesse campo. “A NeuroPace, da Califórnia, desenvolveu um dispositivo para epilepsia aprovado nos EUA.” Além disso, a startup Neuralink, de Elon Musk, está explorando o uso de chips cerebrais e recentemente implantou um dispositivo em uma pessoa com lesão na medula espinhal. Outras startups, como a Synchron, apoiada por Bill Gates e Jeff Bezos, estão implantando interfaces cérebro-computador (BCIs) em pessoas com dificuldades motoras e de fala.
Empresas europeias estão na vanguarda do desenvolvimento de terapias BCI, com foco em estimulação cerebral profunda para tratar doenças. Um exemplo é o implante cerebral feito de grafeno, um material ultrafino, que será testado em um paciente com glioblastoma, um tipo agressivo de câncer cerebral. “Este implante é capaz de estimular e ler a atividade neural com alta precisão, minimizando danos a outras partes do cérebro durante cirurgias.” A Inbrain Neuroelectronics, responsável pelo desenvolvimento do implante de grafeno, também planeja ensaios clínicos para tratar Parkinson, epilepsia e problemas de fala causados por AVC.
A empresa colabora com a farmacêutica alemã Merck para utilizar o dispositivo no tratamento de doenças inflamatórias crônicas e metabólicas, como a artrite reumatoide.
O mercado de bioeletrônica, que combina ciências biológicas e engenharia elétrica, está avaliado atualmente em US$ 8,7 bilhões e pode ultrapassar US$ 20 bilhões até 2031. Esse campo, que se concentra na neuromodulação cerebral e nas interfaces cérebro-computador, pode alcançar um valor total superior a US$ 25 bilhões. “A Europa e o Reino Unido estão competindo diretamente com os Estados Unidos para liderar essa revolução tecnológica.”
Empresas como a Newronika, da Itália, e a Neurosoft, da Suíça, estão desenvolvendo dispositivos que prometem transformar o tratamento de condições como Parkinson e zumbido, destacando o avanço europeu no campo dos implantes cerebrais. A crescente inovação nesse setor sugere um futuro promissor para tratamentos mais eficazes e personalizados para uma variedade de condições médicas.
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