A divergência entre Universal Music Group e TikTok levanta questionamentos sobre o impacto em artistas de outras gravadoras. Descubra os detalhes dessa batalha no universo musical
(Foto: Divulgação)
O mais recente capítulo do embate entre Universal Music Group (UMG) e TikTok, desencadeado pela remoção das obras musicais da Editora Universal Music Publishing, levantou questionamentos no mercado musical sobre a possível extensão do impacto em artistas de gravadoras como Sony Music e Warner Music. A complexidade desse cenário reside na distinção fundamental entre Obra Musical e Fonograma na indústria musical.
A Obra Musical, composta por letra e melodia ou apenas melodia, é gerenciada por Editoras Musicais, como a Universal Music Publishing. Essas obras podem ser gravadas em várias versões e são utilizadas em diversos contextos, como filmes, séries e comerciais. Por outro lado, o Fonograma é a gravação da obra musical, sendo gerenciado por gravadoras, como a Universal Music.
Artistas, portanto, podem estabelecer contratos com editoras musicais diferentes de suas gravadoras, e é aqui que reside a possível conexão entre a remoção das obras pela UMG e o impacto em artistas de outras gravadoras, como Sony Music e Warner Music. A situação ganha destaque com casos como o da artista Anitta, que pertence à Universal Music por meio da Republic Records, mas cujas obras musicais são gerenciadas pela Sony Music Publishing.
A batalha entre UMG e TikTok, iniciada no início de fevereiro, começou com a remoção de fonogramas e agora se estende às obras musicais, incluindo aquelas editadas pela Universal Music Publishing. O impasse é resultado da não renovação do acordo de licenciamento entre as duas partes, que expirou em 31 de janeiro.
A complexidade do cenário se reflete na variedade de acordos entre artistas e compositores em diferentes territórios. Fontes próximas à UMG afirmam que a maioria das músicas da plataforma está sob seu controle, enquanto fontes próximas ao TikTok sugerem um alcance menor, entre 20% e 30%. A incerteza sobre como essa mudança afetará as músicas e onde o limite será estabelecido permanece, criando uma atmosfera de expectativa no mercado musical.
Até o momento, não há declaração oficial das gravadoras Sony Music e Warner Music sobre possíveis ações similares à adotada pela UMG. O embate entre as duas empresas continua a ser observado de perto, especialmente devido ao seu impacto significativo na promoção de música nos últimos anos através do TikTok, uma das plataformas mais influentes nesse aspecto.
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