Pesquisa da University College London Destaca Casos Raros Relacionados a Transmissão Acidental do Alzheimer
(Foto: Divulgação)
Um estudo conduzido pela University College London levanta a possibilidade de transmissão acidental da doença de Alzheimer em circunstâncias específicas, relacionadas a um tratamento envolvendo o hormônio do crescimento humano (hGH) extraído do cérebro de cadáveres. Os pesquisadores investigaram oito participantes desse tratamento, dos quais cinco apresentaram sintomas de doença de Alzheimer de início precoce.
O experimento, iniciado na década de 1980, foi abruptamente interrompido devido ao desenvolvimento da doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) em alguns voluntários, uma condição causada pelo acúmulo de proteínas príon no cérebro. A CJD é comparável ao acúmulo de proteínas beta-amiloide e tau associadas ao Alzheimer. Apesar de não terem desenvolvido CJD, a maioria dos participantes manifestou sinais de demência.
Os pesquisadores ressaltam que a transmissão do Alzheimer nessas circunstâncias é extremamente rara e não há motivo para alarme geral. Destacam que o grupo estudado desenvolveu a condição em um contexto específico relacionado a um tratamento descontinuado décadas atrás. Além disso, reforçam que o Alzheimer não é contagioso como as doenças virais comuns.
No entanto, os cientistas alertam para a importância de estudos mais aprofundados sobre o tema e propõem a revisão de orientações médicas para descartar riscos de transmissão acidental da doença em outros procedimentos clínicos. Esta pesquisa destaca a complexidade da doença de Alzheimer e sublinha a necessidade contínua de compreender seus mecanismos de desenvolvimento e transmissão, visando aprimorar as práticas médicas e garantir a segurança dos pacientes.
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