Estudo Revela Perigos das Substâncias Persistentes Usadas em Baterias de Íons de Lítio
(Foto: Divulgação)
Os veículos elétricos têm sido promovidos como uma solução mais limpa para o transporte, mas um estudo recente levanta preocupações sérias sobre o impacto ambiental das baterias de íons de lítio, comumente encontradas nesses automóveis.
Segundo os pesquisadores, as baterias de íons de lítio utilizam substâncias conhecidas como PFAS (per e polifluoroalqui) para melhorar a segurança e a condução de eletricidade. No entanto, essas substâncias são altamente persistentes no meio ambiente, acumulando-se em ar, água, solo e sedimentos ao redor de áreas industriais nos Estados Unidos, Bélgica e França.
Os PFAS são preocupantes por serem categorizados como poluentes "químicos eternos", devido à sua capacidade de persistir no ambiente por milhares de anos. Além disso, são associados a uma série de problemas de saúde, incluindo danos ao fígado, colesterol elevado e doença renal crônica.
O estudo, publicado na revista Nature Communications, destaca que o aumento na produção e venda de veículos elétricos pode inadvertidamente intensificar a disseminação desses produtos químicos nocivos. Enquanto os benefícios na redução de emissões de dióxido de carbono são significativos, os danos ambientais causados pelos PFAS representam um sério desafio.
"Reduzir as emissões de dióxido de carbono com inovações como os carros elétricos é importante, mas isso não deve vir acompanhado com um efeito colateral como aumentar a poluição por PFAS", ressalta o estudo.
Os cientistas focaram especialmente em uma classe específica de PFAS chamada bis-perfluoroalquil sulfonimidas (bis-FASIs), encontrando-as em níveis preocupantemente elevados nas baterias testadas. Estes níveis excedem os limites estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA para PFAS na água potável, evidenciando a urgência de medidas regulatórias e inovações tecnológicas para mitigar esses impactos.
A pesquisa enfatiza a necessidade urgente de os fabricantes de veículos elétricos desenvolverem alternativas menos poluentes ou tecnologias que minimizem o uso de PFAS em suas baterias. Compreender e mitigar os efeitos ambientais dessas inovações é crucial para garantir que a transição para uma mobilidade mais sustentável não comprometa outros aspectos vitais do meio ambiente globalmente.
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