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Crônica #29 | Na presença da Inveja

Atualizado: 31 de out. de 2022




Antes de tudo, acalme-se.

Respire fundo.

Isole a palavra “inveja” dos seus pensamentos.

Deixe fora da sua mente as pessoas que sentem isso de você.

Dê alguns minutinhos para ler essa crônica.

Quem sabe lá no final você poderá ter uma compreensão diferenciada dessa tal inveja.


Respire fundo novamente...

Sorria um pouco.

Pronto?

Vamos lá....


Você já deve ter passado por um ou vários constrangimentos de alguém falar mal de você. Quando vem de pessoas próximas então, a decepção é enorme. Torna-se desastroso para si quando surge o rancor ou se tenta devolver na mesma moeda, utilizando as mesmas maneiras.


Porém, isso é totalmente contornável, evitável e simples de lidar. Basta mudar o ponto de referência.


Não entendi....


Tome como exemplo uma gangorra. De um lado “você, conhecimento” e do outro “emoções de outrem”. Quando o lado das emoções negativas ou emoções de outrem começam a pesar mais, você deve aumentar as doses de conhecimentos, ou seja, dar compreensão pelos fatos e atos da outra pessoa que está na outra ponta da gangorra. Analisar e observar que, se você está dentro dos princípios, pode anular as forças. Como por exemplo, uma pessoa com excesso de vaidade basta você entender: “bom... ela precisa se expor de todas as maneiras para chamar a atenção dos outros e para mim isso nada me acrescenta”.



Caso você sentir incômodo é sinal que precisa trabalhar o seu interior, algo dentro de você está te dizendo alguma coisa que precisa ser compreendida, analisada, reciclada, resignificada e ou descartada. De qualquer forma é preciso entender os seus sentimentos para que haja uma expansão.


Nessa guerra de emoções, o que mais se destaca é a Inveja.


O desejo de querer ter o carro do ano, igual ou melhor que o do vizinho, o desejo de querer possuir uma família feliz igual a da sua amiga, de querer fazer viagens como as amigas de happy hour, de uma casa esplendorosa de uma revista de arquitetura, de um marido atencioso e fiel, desejar o sucesso profissional e financeiro da colega de outro setor da empresa, são considerados como cobiças, diferentemente de inveja. O fato de querer possuir dessa forma, pode ser entendido como uma alavanca para crescimento da sua vida.

Como assim? Isso incentiva a conquistar esses padrões ou até mais, atingindo um patamar melhor. É uma ferramenta de upgrade. A cobiça pode ser usada para o lado bom.


Agora, quando a pessoa sofre e sente dor pela felicidade do outro ou até mesmo tenta destruir os bens materiais que o outro tem, aí sim podemos chamar de inveja. A inveja é classificada como um dos sete pecados capitais na filosofia.


Notamos com facilidade esse estado de desequilíbrio com atitudes semelhantes, a seguir: a pessoa quase sempre, e simplesmente, é sarcástica ou ironiza o que você possui.


- “Vi você com um carro novíssimo! Mas eu acho que esse modelo....”

- “Torço muito pelo seu casamento, mas amiga veja bem, seu marido... “

- “Seu filho está estudando medicina, que legal, mas o mercado tá difícil....”

- “Olha só a cor do vestido dela...”


A inveja geralmente acontece com as pessoas mais próximas de você, que conhecem a sua vida e tudo o que possui. Como colegas de trabalho, “amigos” de encontros, amigos da rede social e principalmente com parentes próximos. Acontece assim por uma simples razão; na comparação com alguém próximo a imagem dessa pessoa vem de forma rápida, quase que instantânea, então fica fácil de montar no pensamento.



No fundo, a inveja é a dor que a pessoa sente pela sua alegria e ou pelo seu sucesso. A inveja, cega a capacidade de crescimento porque muitas vezes a pessoa passa a vida tentando acabar com a felicidade do outro e “não tendo tempo” para criar algo bom para si. Nunca se ouve dizer que se tem inveja pela depressão do outro, por uma doença terminal, por brigas da família, pelo mau caráter de um colega de trabalho, não é mesmo? Diferente também de ciúmes.


Um belíssimo treinamento é jamais se incomodar com as provocações desse tipo de pessoas, mesmo que as provocações sejam repetitivas, e geralmente o são.


E os padrões sãos os mesmos.


Passam por três etapas.


Primeiramente ela usa provocações indiretas e nós que possuímos princípios básicos, ficamos horrorizados com tal atitude. Logo em seguida ela usa palavras maldosas, mas com o seu uso constante e repetitivo já não ficamos mais horrorizados e passamos a enxergar a situação como cômica e ridícula; e finalmente ela passa a ser a própria mentira, se vitimiza para provocar dó ou pena, e o que precisamos sentir é compaixão.


É bom lembrar que várias escrituras e grandes filósofos, sábios, profetas e mestres deixaram um importantíssimo ensinamento: quando uma pessoa fere outro ser humano não basta pedir perdão e por achar que recebeu o perdão, seguir como se nada tivesse acontecido. É preciso se reconciliar com a pessoa que prejudicou com um perdão realmente sincero e verdadeiro, e melhor ainda reconhecer e ir em busca do auto perdão. Mas o contexto é complexo e não pára por aqui, porque a pessoa mesmo obtendo a reconciliação com a pessoa que feriu, mesmo sendo perdoada pelas agressões proferidas, é preciso ainda reparar as cicatrizes deixadas no Universo. Exatamente tudo que praticamos tem uma consequência, e é com o Universo que um dia prestaremos as contas. Tudo que fazemos está em nós marcado, sendo contabilizado nas suas máximas e pormenores atitudes. Por isso, tudo, absolutamente tudo que fazemos para os outros, estamos em primeiro lugar fazendo para nós mesmos; porque uma vez praticada, em nós está marcado e nos será cobrado pelo Universo, a cobrança virá infalivelmente. Dessa Lei ninguém escapa.



É como um caríssimo vaso oriental e secular que você esbarra e quebra. Mesmo que você reconheça o seu equívoco, mesmo sendo “sem querer”, mesmo que o proprietário do vaso tenha perdoado do ocorrido, que reponha com outro vaso ou colando pedaço por pedaço, a marca da cicatriz sempre estará presente. Um dia você terá que prestar contas do vaso com o Universo.


Resta-nos saber então como fazer para reparar as cicatrizes, faça o bem, faça o bem sempre... para tudo e para todos. Seja harmonia, seja paz, leve a harmonia, leve a paz, leve o bem em todas as suas ações.


Quem se deixa dominar pela inveja, expõe sua alma nua e crua.

Reconhecemos assim que a pessoa com esse sentimento não possui os princípios básicos do Homem, bem como não tem identidade própria.

A inveja fica camuflada sob o manto do mal.

Permita-se ter a cobiça, mas nunca a inveja.

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