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Crônica #18 | Amor à Vida

Atualizado: 31 de out. de 2022



“Houston. We have a problem”


Quando a missão Apollo13 estava a 322.000 km de distância da Terra, três corajosos astronautas estavam confinados num minúsculo espaço do tamanho de uma mini van, uma explosão provocou grave problema nos comandos. Ainda estavam a caminho da Lua e não podiam frear e voltar. Precisou continuar sua rota, dar volta por trás da Lua e tomar impulso de volta para a Terra. A temperatura da cabine baixou para 4 graus, afetou o tratamento do ar que respiravam, ficaram sem referências instrumentais e o oxigênio restante não suportaria a sobrevivência para três astronautas. O Centro de controle recebeu uma simples frase: “Houston, nós temos um problema”.





Então a realidade veio à tona. Precisaram tomar a decisão crucial; que os acontecimentos não destruíssem suas mentes e necessitaram isolar completamente os problemas particulares e entender melhor os pensamentos entre si para se estruturarem numa só coluna: A sobrevivência. Deixaram de lado possíveis superioridades, rancores, invejas, egoísmos e muitos outros sentimentos que nada poderiam acrescentar para a solução.


Muitos se perguntariam: “E agora?”. Na vida real muitos se entregariam exclamando que o ocorrido não tem nada a ver consigo. Que este problema pertence ao departamento de engenharia e que os engenheiros deveriam mostrar as soluções. Outros, simplesmente ficariam criticando a situação, levantando aconselhamentos, elevando tom de acusações entre si e jamais tomariam uma ação real para uma solução. Apenas uma minoria se colocaria para tentar , pelo menos buscar e, entender a real situação.


No momento em que o homem mantem a sanidade do auto domínio, a obtenção dos resultados positivos passam a ser para ele um dever, desperta o senso da obrigação que resulta numa MISSÃO. Ou seja, quando traz para si significado da vida ou da morte, as dificuldades encontradas passam a ser etapas para cumprir. Porque a única coisa que resta é atingir o ápice , a VIDA. É o surgimento de uma Força que até o momento não imaginava que existisse. Essa força é o amor concreto e verdadeiro por uma causa. Quando isso acontece, ocorre o reconhecimento da prisão interna de crenças, dogmas e idolatrias falsas que sempre estiveram presentes, mas que nunca admitia e jamais saberia o que é “um despertar verdadeiro pela Vida”.





Quando a própria vida está em jogo, o egoísmo passa a ser medíocre, o poder austero nada significa e riqueza incalculável nada pode fazer. Ao reconhecer esse fato, é porque consegue construir dentro de si uma razão forte de suportar os sofrimentos, qualquer que seja o seu tamanho. É a manutenção da integridade com a divindade. Como os astronautas, mesmo nas dificuldades, na dor e no sofrimento, sabiam na plena certeza que achariam as soluções.


Se não tiver esse senso de dever e a missão a cumprir, o homem acaba indo para a futilidade, desmotivação para viver, comparativos com os derrotados, fuga de situações e pior... priva-se de sonhar.


Para que eu vivo? Por que preciso me esforçar? São os primeiros passos para o abstrato da vida, sinal de decadência e por fim a presença absoluta do motivo para não viver. Porém, antes do ponto final, indague para si “O que ninguém pode fazer por mim e que somente eu posso ? O que me torna insubstituível?”


Uma missão que está contida e aos poucos desperta, pode ser uma das chances de sair da sombra de vida. Ao despertar, passo a passo, você começa então conhecer AMOR À VIDA.





Três fatídicos dias de desafios. Três vidas. Três grandes homens que souberam separar a emoção e razão. E tiveram o verdadeiro sentido de um dever cumprido.


Numa situação como a deles, que não poderiam sair da cápsula, nem sequer receber suprimentos para continuarem a viver, não poderiam contar com a “sorte” ... Sorte? Isso existe? Na maior parte da vida o homem cria problemas fictícios e consegue soluções fictícias. No momento em a vida está em jogo, quando o real perigo da sobrevivência existe, as soluções são perfeitas. Levar a vida como um jogo virtual, com direito de ter várias mortes e ganhar vida num clicar de um teclado; brincar quando exige respeito por quem nos concedeu a chance de viver, será apenas a vida sem vida. O homem presente com a sua atual vida. É preciso fazer valer e dar o máximo por isso.





O ciclo da vida vem dando chances para reconhecer o real perigo de vida. Sinais, como momentos de tristeza, isolamento com pensamento negativos, afloramento de inseguranças, medos constantes, pânicos, desânimo pela vida, trabalho e família. Como as peças de um jogo de dominó, o homem vem levantando peça por peça, um atrás do outro; e sabe que um dia se a primeira peça tombar, muitos tombarão numa intensidade maior e pior: pela energia recebida da primeira peça tombada. Stop! Precisa ter um momento para enxergar além do chão que pisa, levantar o olhar pelo menos ao que, ou quem estão a sua frente. Ao praticar essa visão o seu olhar buscará o além do horizonte e, ao levantar a cabeça começará a reconhecer a imensidão do Universo, a Força do Criador. Se mesmo assim o sentimento depressivo ainda permanecer na inércia, pelo menos crie colunas de dominós separadamente, mesmo que a primeira peça caia, derrubará apenas aquele problema especifico.



“Então compreendi o significado do maior segredo que a poesia humana e o pensamento e a crença humanos têm a transmitir: a salvação do homem é por meio do amor e do amor. … Pela primeira vez em minha vida, fui capaz de entender o significado das palavras : "Os anjos estão perdidos na contemplação perpétua de uma glória infinita ." Viktor Frankl

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