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Crítica | Caramelo - Quando o doce da emoção tenta encobrir o amargo da fórmula

Um retrato bonito, mas genérico, de amor e perda onde o brilho do cachorro caramelo protagonista supera a falta de identidade da obra


Filme - Caramelo
Filme - Caramelo

(Foto: Divulgação)



“Caramelo” (2025), dirigido por Diego Freitas e lançado pela Netflix, chega com aquele cheirinho de sessão da tarde: um cão carismático, uma história sobre superação e o toque sentimental que promete fazer o público chorar. A produção, porém, vai além de sua superfície fofinha. Ela tenta unir o apelo popular dos filmes de cachorro com uma mensagem reflexiva sobre a fragilidade da vida e, mesmo tropeçando em sua execução, entrega momentos genuinamente tocantes.


Logo nos primeiros minutos, percebemos o esforço do longa em equilibrar emoção e entretenimento. O protagonista canino é o grande coração do filme e, convenhamos, é impossível não se render ao carisma do vira-lata. A direção aposta em cenas curtas e cortes dinâmicos, o que garante ritmo, mas também reforça a sensação de que tudo foi feito para agradar o algoritmo.



Tecnicamente, “Caramelo” é competente. A fotografia usa tons quentes e ensolarados, refletindo o espírito acolhedor da história, enquanto a trilha sonora com faixas de Marisa Monte e Waldick Soriano tenta reforçar uma brasilidade que, ironicamente, o filme não sustenta. “A quase completa falta de ‘alma brasileira’ justamente num filme chamado Caramelo” é um ponto dolorido: por mais que a ambientação tente, o roteiro parece se esforçar para ser universal, e acaba genérico.


No centro da trama, há uma doença grave, que move o enredo para territórios mais profundos. O roteiro aborda a descoberta de um tumor cerebral e suas consequências com sensibilidade, mas sem fugir dos clichês já vistos em dezenas de dramas familiares. Ainda assim, há verdade em alguns diálogos e cenas. O problema é que o impacto emocional se perde em meio à previsibilidade.


Filme - Caramelo
Filme - Caramelo

(Foto: Divulgação)


O estilo de Diego Freitas carece de assinatura. “No cinema, a abordagem do diretor fala mais alto”, e aqui ela se dilui em uma fórmula excessivamente segura, feita para o consumo rápido. A montagem apressada e o humor simplório, piadas de quinta série e situações caricatas contrastam com os temas sérios, quebrando a imersão. Mesmo assim, pequenos flashes de talento surgem, principalmente em cenas silenciosas, quando o filme deixa o sentimento respirar sem precisar forçá-lo.


Apesar dos deslizes, “Caramelo” tem o poder de tocar o público mais sensível. Sua mensagem sobre o valor da vida e o poder da conexão entre humanos e animais é universal e comovente. Talvez não seja um filme que marque pela originalidade, mas é impossível sair completamente ileso à doçura e à dor que ele desperta. No fundo, há sinceridade em sua tentativa de emocionar mesmo que ela venha embrulhada num pacote previsível.


Opinião pessoal: "O filme Caramelo me deixou dividida. É impossível não se encantar com o cão e com algumas cenas sinceras, mas também é difícil ignorar o quanto o filme parece querer agradar todo mundo. Mesmo com seus tropeços, ainda existe coração ali e às vezes, coração é o que basta para valer o play."


Você acredita que filmes precisam ter uma identidade cultural forte para emocionar, ou basta que a história toque o coração? Quero saber sua opinião: “Caramelo” te fez sorrir, chorar, ou só bocejar?




Ficha Técnica


Nome: Caramelo

Tipo: Filme

Onde assistir: Netflix

Categoria: Comédia Dramática/Drama Familiar

Duração: 1h 60min


Nota 3/5



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