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Crítica | "A Menina Que Matou os Pais" tem Carla Diaz em performance impressionante

Filmes sobre o caso da família von Richthofen foram lançados no Amazon Prime Video


(Divulgação)


Os longas sobre o caso Richthofen de fato são os filmes brasileiros mais esperados dos últimos tempos. A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, histórias complementares dirigidas por Maurício Eça, prometem deixar o público dividido em qual versão do crime pode ser a verdadeira. A respeito do primeiro título, a atuação de Carla Diaz é primal, e deixa o espectador curiosamente assustado com os bastidores da família assassinada.



No roteiro feito por Ilana Casoy e Raphael Montes, escritores nacionais experientes no mundo do true crime, os Richthofen são abordados como uma família misteriosa. Aqui, conhecemos Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt) como um rapaz modesto e trabalhador, que de fato não está preparado para o que está por vir. No caso de Suzane von Richthofen, interpretada por Carla Diaz, a capa da inocência é quebrada em poucos minutos de tela.


Daniel é confrontado pela riqueza dos Richthofen. A família, composta por Manfred (Leonardo Medeiros), Marísia (Vera Zimmermann) e o caçula Andreas (Kauan Ceglio) convive num dos bairros mais ricos de São Paulo, e Manfred von Richthofen não vê potencial no relacionamento de Cravinhos com Suzane. Nesse sentido, o pai da jovem é agressivo, bruto e abusivo na trama; e Daniel é empurrado com a namorada para este mundo sem nenhum paraquedas.


Em questões técnicas, A Menina que Matou os Pais não surpreende na produção; mas este não é seu intuito. As atuações, de fato, são o suprassumo do projeto, e aqui destaca-se outra vez Carla Diaz. A atriz brasileira conseguiu transformar Suzane numa pessoa ardilosa e impulsiva, que segundo Daniel Cravinhos, foi por muito tempo uma vítima da própria família. Contudo, o desejo de vingança da jovem aflora de maneira inescrupulosa, e não há volta.



É extremamente difícil adaptar um caso como este sem contar mais de uma versão; um filme apenas não seria o suficiente. É importante lembrar que A Menina que Matou os Pais complementa-se com O Menino que Matou Meus Pais, e é trivial ver ambos, independente da ordem. O que é contado por Daniel Cravinhos aqui se altera na produção-irmã, e para entender um crime como o da família Richthofen, deve-se ver os dois lados da moeda.



Para aqueles que gostam de true crime, é a escolha perfeita para assistir. A atmosfera da trama muda com o passar dos minutos, ao que tudo se torna obscuro, e conhecer os bastidores do caso que chocou o Brasil pode ser assustadoramente proveitoso.


Não busque por uma grande adaptação de fatos reais para uma mega produção, mas sim por um relato com performances que surpreendem.



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