Amazon Leo | O novo nome, a nova fase e o futuro da internet via satélite no Brasil e no mundo
- Redação neonews
- 15 de nov.
- 3 min de leitura
Antigo Project Kuiper ganha identidade oficial e se aproxima do lançamento comercial, prometendo rivalizar a Amazon com a Starlink e levar conexão rápida até onde hoje ela não chega
(Foto: Divulgação)
A Amazon acaba de dar um passo importante rumo ao futuro da conectividade global. Nesta quinta-feira (13), a empresa anunciou que o seu ambicioso serviço de internet via satélite — antes conhecido como Project Kuiper — agora se chama “Amazon Leo”. A mudança pode parecer simples, mas traz um simbolismo forte: a plataforma deixa de ser apenas um projeto e passa a se posicionar como um serviço cada vez mais perto de operar comercialmente. Afinal, são sete anos de desenvolvimento que começam a se transformar em realidade.
O nome também carrega um significado técnico e poético ao mesmo tempo. “Leo” é uma homenagem à própria tecnologia utilizada: trata-se da sigla para “Low Earth Orbit”, ou baixa órbita terrestre, faixa que vai de 160 km a 2.000 km de altitude — exatamente onde os satélites da rede devem operar. É nessa altura que a internet via satélite se torna mais rápida, com menor latência e cobertura mais ampla, ideal para competir com serviços já estabelecidos, como a Starlink de Elon Musk.
Quando o Amazon Leo começa a funcionar?
Por enquanto, ainda não existe uma data oficial de estreia comercial. A Amazon reforça que só iniciará as operações quando a rede estiver realmente preparada para oferecer “maior cobertura e capacidade”. Mas alguns avanços já foram compartilhados e mostram que o projeto está longe de ser apenas teoria:
A empresa planeja lançar até 80 missões ao espaço, capazes de colocar 3 mil satélites em órbita;
Até agora, apenas três foguetes foram lançados, colocando cerca de 150 satélites em órbita — uma etapa inicial, mas essencial;
A promessa é de uma internet de alta velocidade, disponível “ao redor do mundo, até mesmo em localizações rurais ou remotas”, além de atender pessoas em movimento, como viajantes e campistas.
Assim como na Starlink, o acesso à rede será feito a partir de uma antena adquirida pelo usuário. E, para atender diferentes perfis, haverá três opções de planos:
Nano – até 100 Mbps de download;
Pro – até 400 Mbps;
Ultra – até 1 Gbps, voltado para empresas e instituições públicas.
A proposta é clara: democratizar o acesso à internet, especialmente em áreas onde a conexão tradicional simplesmente não chega.
(Foto: Divulgação)
E o Brasil? Ele está na rota do Amazon Leo
A boa notícia é que o Brasil está oficialmente no mapa da nova tecnologia. Em junho do ano passado, foi anunciado que o serviço chegará ao país por meio da operadora Sky, que confirmou nesta sexta-feira (14) que será a porta de entrada do Amazon Leo no território nacional.
A empresa ressaltou que o serviço ajudará a promover inclusão digital em comunidades urbanas e rurais, oferecendo “preços acessíveis” e suporte totalmente em português. Para quem vive em regiões isoladas — ou depende de redes móveis instáveis — isso representa um salto enorme.
A implantação começará pelo sul do continente e seguirá gradualmente até a Linha do Equador. Ainda não existe uma data de lançamento para que os brasileiros possam assinar o serviço, mas a movimentação da Amazon indica que a espera não deve ser longa.
Com a chegada do Amazon Leo, o mercado de internet via satélite promete uma revolução silenciosa — e muito necessária. Enquanto serviços como a Starlink já mostraram que a conectividade pode chegar onde antes ela era impensável, a entrada da Amazon aumenta a competição, impulsiona a inovação e, claro, deve favorecer o consumidor.
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